Você já ouviu falar em epilepsia? Epilepsia é quando acontecem várias convulsões sequenciais. Isso pode acontecer tanto em gente quanto em bicho. A origem desse problema é intracraniana.
Há vários tipos de epilepsias que podem ser classificadas como primária ou idiopática, que é quando o pet já nasce com o problema. Há também a epilepsia secundária que começa a acontecer depois que o cão sofreu algum trauma mecânico, teve alguma doença ou disfunção metabólica. Há alguns médicos veterinários que as classificam de outras maneiras como, por exemplo, como: epilepsia idiopática, epilepsia sintomática, epilepsia sintomática provável e alterações extra cranianas (que já não é uma epilepsia). Portanto, se você ouvir um nome diferente do que está lendo aqui, não se assuste. É comum na medicina humana e na medicina veterinária haver vários tipos de classificação para a mesma coisa e cada profissional acaba adotando uma delas para direcionar o tratamento e a nomenclatura.
Na verdade a cena é muito triste. O cão fica com os olhos parados fixos. Começa a babar e algumas vezes chega a vomitar. Fica estranho de uma hora para outra, como se estivesse agitado. Quando o caso é brando, os sinais são apenas esses e muitas vezes o proprietário não nota que o cão tem convulsões. Em casos mais sérios a convulsão é completa. O animal se debate involuntariamente.
Seja branda ou mais violenta, o pet precisa ser levado ao médico veterinário com urgência. Não deixe para o dia seguinte. Muitas vezes, o episódio volta a se repetir no mesmo dia e dependendo do que estiver causando o ataque, o pet pode vir a óbito.
Durante a convulsão, tente tirar tudo ao redor que possa machucar o animal e , na medida do possível, segurar para protegê-lo de maiores ferimentos. Lembre-se sempre de que ele não tem controle algum sobre o que está acontecendo. Por isso, é necessário cuidado e atenção durante a crise.
A primeira coisa a ser feita é controlar as convulsões através da medicação injetável. Depois disso, o médico veterinário fará várias perguntas. Chegar a um porquê de uma convulsão não é fácil. É necessário que você conte tudo o que ele perguntar. Uma queda, uma doença infecciosa ou o conhecimento de que a mãe do cão também sofre com a convulsão são dados importantes para que o melhor tratamento possa ser estabelecido.
Depois, o exame físico e neurológico será realizado. Muitas vezes alguns exames laboratoriais como hemograma e análise bioquímica do sangue serão solicitados. Em caso de histórico de traumas, RX também poderá ser pedido pelo profissional.
O tratamento é à base de anticonvulsivante e , sempre que encontrada a causa original da convulsão, o tratamento dessa causa deve ser feito. No geral, com a administração correta do fármaco anticonvulsivante e das demais medicações receitadas pelo profissional, o pet tem uma vida tranquila e feliz ao lado do seu dono.